TRAPALHADAS, DEMAGOGIA E INDECÊNCIA

domingo, 20 de maio de 2012 |

As trapalhadas de Miguel Relvas e a demagogia e indecência do ministro da Economia marcaram a semana parlamentar, assim como o silêncio do PS, PSD e CDS no que respeita à luta do povo grego contra a austeridade.


Trapalhadas de um atrapalhado Miguel Relvas para explicar a sua relação com um antigo diretor das secretas. Já vai na terceira versão e o que interessa continua por esclarecer: os serviços de informação estão ao serviço da República ou de interesses particulares e grupos privados? Um caso grave, agora apimentado com as pressões e chantagens do ministro sobre jornalistas do Público.

Demagogia. Quem não se atrapalhou mesmo nada foi o ministro da Economia que, ao estilo de conferência de imprensa para deputado ver, esteve no Parlamento a tentar enganar o país, anunciando o fim das escandalosas rendas pagas pelo estado à EDP e outras elétricas: afinal é só um cortezinho e daqui a muitos anos. Mexia manda, o ministro cumpre.

Indecência. Obrigado a debater o desemprego – desta vez o ministro não estava no estrangeiro…. – Álvaro Santos Pereira mudou de estilo, trocou a demagogia pela indecência, indo um pouco mais baixo que o primeiro ministro: para Pedro Passos Coelho o desemprego é uma oportunidade, para o ministro do Trabalho é o “coiso” que o país tem de vencer… O “coiso” senhor ministro? O principal problema do país, o que destrói a vida de mais de um milhão de portugueses, é um “coiso”?

Álvaro Santos Pereira é um dos ministros que melhor ilustra a frieza e arrogância social do governo e da direita. A maioria decide e governa para as elites, ignorando as dificuldades das vítimas da sua austeridade. Não admira que tenham rejeitado a proposta do Bloco para alargar a isenção das taxas moderadoras aos doentes crónicos, aos desempregados e aos dadores.

Pela mão do Bloco, pela voz da Ana Drago, chegou ao Parlamento a luta do povo grego contra a austeridade e o colapso económico e o seu levantamento contra as pressões e chantagens da Srª Merkel. PS, PSD e CDS permaneceram calados. O exemplo de quem não se rende nem resigna, a luta de quem não desiste e se bate por uma alternativa, incomoda e assusta-os.


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